O Departamento de Saúde de Vermont, nos Estados Unidos, anunciou na última semana novas implementações para o novo ano letivo. Dentre elas, o departamento aconselhou educadores e famílias a evitar os termos “filho” e “filha” ao falar com os alunos.
Na última quarta-feira (28), em uma postagem no Facebook, o departamento sugeriu usar uma “linguagem inclusiva para famílias”:
“A linguagem que usamos importa. Muitas famílias e alunos estão se preparando para o novo ano letivo. A equidade na sala de aula é uma parte essencial de um ambiente de aprendizagem produtivo e saudável. Ao falar sobre família, é importante usar termos que cubram as muitas versões do que a família pode parecer”.
Na imagem vinculada ao post, o departamento encorajou os profissionais e responsáveis pelos menores a usarem os termos “criança” ou “miúdo” em vez de “filha” ou “filho”.
“Isso é neutro em termos de gênero e pode descrever uma criança que pode não ser filho ou filha legal de alguém”, afirmou o departamento.
O Dansbury Institute, um grupo de igrejas apartidárias que se concentra em questões de políticas públicas, criticou a ação do departamento no Facebook:
“O Departamento de Saúde de Vermont diz para parar de usar os termos ‘filho’ e ‘filha’ para ser mais inclusivo. Essa erosão do significado das palavras e a destruição da família como o bloco de construção da sociedade estão errados. Os cristãos devem defender a verdade e não desistir dessas questões”.
‘Linguagem Inclusiva’
Após a publicação do Departamento de Saúde de Vermont, a Fox News procurou a instituição, que disse que o guia “pretendia incentivar o uso de linguagem inclusiva quando você não conhece a situação familiar de alguém”.
Em seu site, o departamento de saúde do estado apresenta um “glossário de equidade em saúde”, utilizando uma retórica similar.
O glossário, revisado pela Fox News, define gênero como “traços sociais, psicológicos e/ou emocionais, frequentemente influenciados por expectativas sociais, que classifica alguém como homem, mulher, uma mistura de ambos ou nenhum” e alega que é “socialmente construído”.
No mesmo site, a definição do termo “racismo internalizado” também chamou atenção do portal de notícias americano que informou o significado sugerido pelo glossário: “conjunto de crenças, preconceitos e ideias privadas que os indivíduos têm sobre a superioridade dos brancos e a inferioridade das pessoas de cor”.
O departamento de saúde afirma que o termo “branco” é “uma construção social e política, e não biológica”. Assim como define “privilégio branco” como “conjuntos de vantagens, direitos, benefícios e escolhas inquestionáveis e não merecidos que as pessoas têm apenas por serem brancas”.