Após as enchentes que causaram estragos no Rio Grande do Sul, muitos voluntários se mobilizaram para ajudar os gaúchos.
Janete Marinho, uma professora aposentada de 61 anos, de São José dos Pinhais, Paraná, estava entre os voluntários. Através da missão ao RS, ela encontrou um novo propósito de vida ao superar uma depressão.
“Eu estava em uma depressão em que você não toma banho, não quer comer, não quer nada. Você só quer sumir”, disse ela ao Notícias Adventistas.
E continuou: “Mas aí, uma amiga, que eu chamo de anjo, bateu em minha porta e me convidou para ser voluntária. Isso me impulsiona muito nos dias de hoje”.
Na ocasião, Janete preparou dezenas de kits para serem distribuídos à comunidade.
Após se aposentar, Janete procurou se envolver em causas sociais e testemunhou: “Esse projeto foi uma bênção. Pena que durou pouco porque o trabalho é grande, muito grande. Mas tenho planos de voltar”.
Falando sobre o impacto positivo que a experiência teve em sua vida, ela acrescentou: “Hoje posso falar isso: ‘O voluntariado me tirou da depressão. Não tomo mais nenhum tipo de medicamento’”.
Janete destacou a importância de encontrar um propósito, especialmente para aqueles que enfrentam desafios emocionais.
“Estar aposentada ajuda, tenho tempo para ajudar. E que isso sirva de alerta para outras pessoas na mesma condição. A medicina está aí para ser usada, mas muitas vezes a gente precisa colocar nossos joelhos no chão, pedir ajuda de Deus, fazer o bem e abraçar uma causa. O principal beneficiado é a gente”, relatou ela.
Voluntários no RS. (Foto: Reprodução/Notícias Adventistas)
O trabalho no RS
Em julho, 20 voluntários do “Instituto O Amor Chama” em Curitiba, participaram de uma missão de quatro dias em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.
Lá, eles ajudaram na limpeza de casas devastadas pelas enchentes e ficaram hospedados em uma igreja local.
Os cristãos realizaram o trabalho de limpeza, remoção de entulhos, pintura e pequenos reparos nas casas das comunidades Vicentina, em São Leopoldo, e Sarandi, em Porto Alegre.
Além das melhorias físicas, os voluntários ofereceram apoio emocional às famílias afetadas, através de louvores e orações.
Também foram distribuídos convites para que essas famílias participassem das atividades da igreja, juntamente com exemplares de livros cristãos.
Os kits entregues incluíam mimos como doces, toucas de lã e panos de prato.
Giovana Felix, responsável pela comunicação do instituto e líder do voluntariado, destacou a importância da missão e o impacto nas vidas das pessoas envolvidas.
“Deus esteve à frente de tudo e preparou os corações, permitindo que o amor de Cristo transbordasse através de nós por onde passamos. Ouvimos muitas histórias e pudemos orientar e abençoar cada pessoa com a Palavra de Deus! Era muito comum ver os olhos marejados após o ‘Amém’ de cada oração. A gratidão deles era imensa, apenas por estarmos ali, orando com eles,” concluiu ela.